terça-feira, 12 de agosto de 2014

Resenha - O Menino do Pijama Listrado

Terminei mais uma leitura, sai da ressaca literária (aleluia), e estou completamente apaixonada por John Boyne. Quando comprei esse livro eu tinha acabado de assistir o filme, chorado até não querer mais, lógico, mas só me inspirei para ler ele agora, e me arrependi por não ter lido antes.


Com 186 páginas de pura genialidade, John Boyne me conquistou imensamente. O Menino do Pijama Listrado deveria ser uma leitura obrigatória a todos que tem pelo menos um leve interesse sobre assuntos da segunda guerra mundial.

Bruno é um menino filho de um capitão, que o Fúria tem grandes planos para ele, o pai. Um menino inocente, que não vê maldade em ninguém, e que se sente extremamente frustado quando tem que se mudar para Haja-Vista por causa dos grandes planos do Fúria para seu pai.
Quando ele percebe que as chances de voltar a Berlim são praticamente nulas, ele procura formas de se divertir, sua primeira ideia é construir um balanço, mas logo se machuca, então Pavel, o servente que descascava os legumes cuida dele, o dizendo que era um médico. Mas se Pavel era um médico, por qual motivo ele descascava legumes? Certas coisas não entravam na cabeça ingênua de Bruno.

Certo dia ele decide explorar, procurando a cerca que ele vê pela janela do seu quarto, que ao contrário da janela do último andar em sua casa em Berlim, ele não precisava ficar na ponta dos pés para ver toda a cidade.
Sentado do outro lado da cerca ele encontra um menino, vestindo um pijama listrado, ai que inveja, poder usar pijamas o dia inteiro enquanto ele tinha que usar roupas e sapatos apertados demais para ele. A descoberta de Shmuel lhe traz um novo sentido a sua estadia em Haja-Vista, então durante pouco mais de um ano, todos os dias eles se encontravam, um de cada lado da cerca, para conversar.

Com maestria Jhon Boyne narra a cabeça de um menino de nove anos, certas vezes você sente raiva do personagem, mas então se lembra que ele é apenas um menino que ainda não tinha visto a maldade e crueldade de perto.
A narração te envolve do começo ao fim, e as tiradas de erro de pronúncia de Bruno, chamando o Führer de Fúria e Auschwitz de Haja-Vista pra mim foi amor a primeira leitura.

Nota:

  



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